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quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

O Mapa Do Meu Nada

Não esperava a tua partida,
Nem imaginei o caos que causaria.
Não cogitei a tua ausência, 
E quando assim o fiz, 
Me repreendeu,
Acompanhado de um semblante adorável.
Me convenceu, por aquelas horas.
Foram palavras apenas.
Esteve entre as coisas mais lindas que conheci.
Te localizei num lugar bem distante,
Num caminho bem errante,
Além do "longe de mim"
Que a tua sombra siga 
Seus melhores sentimentos,
E se me disser que não,
Não digo que não me surpreendi. 

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Assimetria

Não somos simétricos,
E separados 
Somos reduzidos ao nada.
Se divididos, 
Apresentamos diferenças
Entre os lados opostos.

O Outro Eu

Quisera eu ter uma única personalidade.
Reflito.
E ainda assim 
Prefiro esses fragmentos de estado.
Algo não único e não sufocado
Sem adrenalina
Algo que nos intriga
Que reaviva o outro eu.

Afresco

Somos como o afresco
Com nossos pigmentos 
Dissolvidos em água,
Sobre o qual nos revestimos
E nos incorporamos,
Adquirimos firmeza
Então, secamos.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Tanto Como Quando

Que amor irônico...
Indigno de confiança.
Teu amor que estremece por mais
É o mesmo que aporrinha.
Tua ironia não consiste só em amor.
Tua fala te denuncia.
Prescrevo a ti receitas
De impactantes versos
E doses de alto ajuda.
Prescrevo também uma vida tão longa,
Que não alcances a minha.
Então haverá um céu azul,
Cobrindo com a imensidão, os teus erros.
Matéria morta.
Deveria mover-se.
Transformar.
Deveria providenciar, e só recuas.
E porque?
Já está distante tanto como quando antes.
Te viver seria acreditar na vida,
Negligenciando as obras perfeitas de Deus.